quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Extrato de raiva


Espero que deixe-me em paz
E à minha amada também
E espero que tu morra
Não literalemnte
Mas para o mundo
Que fique oca
E vazia de sentimentos verdadeiros
Que seja recheada de angústias e arrependimentos
Que viva no passado
Tentando apagar o presente
Que suma do coração dos outros
Que evapore no ar do mundo real
E que sinta falta de tudo que tem hoje
Que sinta falta do aprendizado que nunca aconteceu
E que viva
Que viva todos os dias da vida
Tentando provar para si
Que esta melhor do que nunca
E que morra de velha
Para só assim
Poder ver as ferrugens
Que ficaram no fundo daquele quarto
Que um dia tu chamou de mundo
Sentindo o gosto laranja e oxidado do passado
E chorando em cima do que perdeu
E do que nunca mais vai ter