domingo, 9 de junho de 2013

Tempo

Como passa o tempo
Passa fino
Passa lento


Passa que nem vento
Como vento quente
Passa o tempo


Diriam muitos que passa rápido
Mas só fala isso que não vê passar
O tempo que já virou habito


Abraçando enquanto aquece
Aquecendo enquanto atravessa
O coração de quem não esquece


Aos que não esquecem o tempo
O vento passa bem
Passa acolhendo
Quem lhe quer bem

sexta-feira, 31 de maio de 2013

É tudo tão frágil

E parece que no fim
Tudo é tão fácil
Desde quando o mundo é assim
Tão frágil?

Por enquanto ouço o canto
Dos pássaros e do vento
Como nunca escutei antes
Se é que um dia eu escutei

Ecoa nos meus sentidos
Os momentos mais perdidos
De que tanto falamos
No final de tudo

Rasga a minha consciência
Esse míssil imaterial
Sem a consequência
De um dai eu me questionar

Que perguntas eu teria
Se tudo é tão claro agora
Agora que no fim
Parece tudo tão fácil

É tudo tão fácil

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Autruismo


A pior parte dessa arte
De sempre cuidar dos outros
É que sempre vai ser tarde
Para tirar o peso dos seus próprios ombros

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Lembrete


Faz meses já
Que eu já não escrevo aqui
Nesse mundo só meu
E de tanta gente ao mesmo tempo

Será apenas uma nota pessoal
Essas duas escrofes
Para eu não me esquecer
Que tudo que eu sei fazer é escrever

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Extrato de raiva


Espero que deixe-me em paz
E à minha amada também
E espero que tu morra
Não literalemnte
Mas para o mundo
Que fique oca
E vazia de sentimentos verdadeiros
Que seja recheada de angústias e arrependimentos
Que viva no passado
Tentando apagar o presente
Que suma do coração dos outros
Que evapore no ar do mundo real
E que sinta falta de tudo que tem hoje
Que sinta falta do aprendizado que nunca aconteceu
E que viva
Que viva todos os dias da vida
Tentando provar para si
Que esta melhor do que nunca
E que morra de velha
Para só assim
Poder ver as ferrugens
Que ficaram no fundo daquele quarto
Que um dia tu chamou de mundo
Sentindo o gosto laranja e oxidado do passado
E chorando em cima do que perdeu
E do que nunca mais vai ter

domingo, 25 de novembro de 2012

Será a última vez


Meu passado é minha maior cruz
Me reduz a cinzas de um fogo que produz
Tantas magoas e pesadelos
De apelos que eu nunca cumpri

Meus pés não cansaram
Pois eu nunca sai do lugar
Só as palavras que acabaram
Não tenho mais o que falar

Só tenho a esperar
Que um dia eu possa me encontrar
E começar a andar
Sem desculpas pra contar

Mais uma caminhada
Só mais essa, eu só peço que acredite em mim
Eu sei que eu não mereço
Mas prometo que será o fim

Será a última vez
Que eu tento existir em alguém

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Os meus, os seus, e os nossos campos


E eu a amo
Sim senhor
Sei que não me engano
Quando sei que a amo

Sei que nesses campos verdes
Só posso andar com ela
Em minhas mãos
E em minha vida

Não há maior certeza
Do que a que eu encontro em seus olhos
E não há maior alívio
Do que o que eu encontro no seu sorriso

Não há maior amor
Do que o que ela desperta em mim
Não há maior saudade
Do que a que fica quando ela vai sem mim

Não há maiores campos
Do que os que ela fez crescer
Nem melhores ares
Do que esse que respiro

Tampouco melhor vida
Que algum dia desejei pra mim